War for the Planet of the Apes (2017) – Planeta dos Macacos: A Guerra
roteiro: Mark Bomback, Matt Reeves
direção: Matt Reeves
O terceiro filme da nova trilogia impressiona nos efeitos visuais e traz um digno final para o prelúdio do longa de 1968. Planeta dos Macacos – A Guerra pode não ser melhor que o segundo filme, mas apresenta efeitos visuais sensacionais e uma premissa simples que cresce com as subtramas que nela estão envolvidas.
O terceiro longa acontece quinze anos depois do primeiro filme (Planeta dos Macacos – A Origem). O planeta está cada vez com mais macacos evoluindo e menos humanos. A guerra ocorre desde o final do segundo longa (Planeta dos Macacos – O Confronto). Depois de ver seu povo atacado, Caesar (Andy Serkis) parte para um confronto direto com o Coronel (Woody Harrelson) em busca de vingança.
Andy Serkis veste mais uma vez o seu “uniforme”, sua atuação é ótima, o CGI deixou as expressões do ator muito mais visíveis e isso ajudou muito para que houvesse a identificação do personagem com o público. Quem esperava ver um vilão engraçadinho e mau, porém divertido, vai se decepcionar. Não que o personagem não seja bom, muito ao contrário, Woody Harrelson faz so Coronel um homem sério, determinado e capaz de qualquer coisa para resgatar a Terra dos macacos. Steve Zahn é o alivio cômico e, com excessão de um ou outro momento, seu personagem funciona muito bem, faz a trama evoluir e ainda serve para fazer o público rir em meio a tanto drama e tristeza. Os outros personagens do filme fazem o seu papel para desenvolver a trama, mas não fogem disso.
Os efeitos visuais são um show à parte, cada plano no rosto dos macacos abre um sorriso na cara e assusta ao mesmo tempo de tão real que parece, os pelos reagindo a água, as feições, os gestos e a neve nos pelos deixam o espectador pensando em como isso poderia ficar mais perfeito. Mas não é só o CGI que impressiona, a fotografia do filme é outro ponto positivo, os enquadramentos e os planos da mata e das montanhas nas neves são belíssimos. As cenas de confronto entre humanos e macacos vão num crescendo, com a tensão sendo criada através da trilha de Michael Giacchino, que aumenta a expectativa do que está por vir. Aliás, o roteiro gera, no primeiro e segundo ato, uma grande expectativa de confronto entre macacos e humanos que não é cumprida em seu desfecho. A guerra em si se torna algo irônico.
Planeta dos Macacos – A Guerra encerra o reboot/prelúdio da franquia de cabeça erguida e com dignidade. Um filme inteligente, com um bom roteiro e bons atores, ganha seu público pelos fãs do longa com Charlton Heston de 1968 e pelos incríveis efeitos visuais já elogiados e aprimorados do longa de 2014.